Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do estado de São Paulo, concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo e declarou que o sucesso de uma candidatura de centro-direita às eleições presidenciais de 2022 passa pelo embate com o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o ex-congressista, o mandatário "entrou no nosso eleitor".
"Estou convencido que haverá um nome, que eu acho que é o Doria. A terceira via tem uma chance, que é viabilizar um nome no Sudeste. O Sul e o Centro-Oeste estão contaminados pelo bolsonarismo, e o Nordeste pelo lulismo. Sudeste é a região em que você tem menos contaminação pela polarização. A polarização comanda a agenda nacional ainda, e o Doria não é visto como candidato a presidente, apesar de a avaliação dele estar melhorando muito de janeiro para cá. Janeiro era sofrível, hoje é intermediária", avalia Maia.
O secretário ressalta que uma eventual candidatura de Eduardo Leite - governador do Rio Grande do Sul e adversário de Doria nas prévias presidenciais do PSDB - seria "muito mais difícil" para vencer as eleições. "Ele [Leite] vai sair de um estado bolsonarista [Rio Grande do Sul], e quem não é bolsonarista lá é petista".
Maia também crê que a corrida presidencial do próximo ano "está montada para Lula ganhar". "Quanto mais forte a terceira via vier, mais o Lula vai ter que caminhar para o centro. Se o Bolsonaro seguir sendo o adversário dele, Lula vai poder jogar parado, não precisa se comprometer com ninguém".
Para 2022, Rodrigo afirma que busca se eleger deputado federal pelo Rio de Janeiro. Ainda há, porém, uma indefinição na escolha do partido.