O Ministério Público de São Paulo anunciou nesta segunda-feira a ampliação do número de promotores da força-tarefa que investigará as denúncias contra o plano de saúde Prevent Senior.
Ao todo, serão oito promotores no grupo criado na semana passada, quando tinha seis membros, mas recebeu um reforço da Procuradoria Geral do Estado.
A força-tarefa vai acompanhar o inquérito do Departamento de Homicídios em conjunto com o promotor natural do caso, Rodolfo Bruno Palazzi. A polícia apura se a prescrição de remédios sem eficácia contra a covid-19 em pacientes do plano de saúde que vieram a óbito configura crime de homicídio.
Na próximas semanas, os membros do MP também vão analisar os documentos que a CPI da Covid da Câmara dos Deputados enviará.
A Prevent Senior entrou nos holofotes da CPI após uma reportagem da Globonews revelar que a empresa ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19.
A pesquisa foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro e usada por outros defensores do tratamento precoce para justificar a prescrição do medicamento, cuja eficácia no combate ao coronavírus não tem comprovação científica. O dossiê revelou que pacientes da Prevent Senior sequer sabiam que estavam fazendo parte de um estudo clínico com hidroxicloroquina.
A Prevent nega as acusações e tem dito que as denúncias de médicos e ex-funcionários são falsas.