O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi absolvido do processo que o acusava de tráfico de influência internacional para favorecer a empreiteira OAS pela juíza federal Maria Carolina Ayoub, da 9ª. Vara Federal de São Paulo. As acusações, que também incluíam o crime de corrupção, foram feitas com base na delação do ex-presidente da empresa, Léo Pinheiro.
A juíza considerou fracas as provas disponibilizadas contra Lula e, além disso, os fatos teriam ocorrido há mais de seis anos, tempo necessário para a prescrição.
A defesa de Lula afirmou que nenhuma pessoa ouvida pela Polícia Federal confirmou a versão dada por Pinheiro, de que o ex-presidente teria sido contratado pela OAS para realizar uma palestra na Costa Rica para influenciar os dirigentes do país a fazer negócios com a empresa. Posteriormente, Pinheiro negou o pagamento de vantagem indevida a Lula.
"Decorridos mais de seis anos entre a data dos fatos (2011) e o presente momento, constata-se a prescrição da pretensão punitiva estatal de todos os delitos aqui investigados em relação a LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. Ainda assim — e bem como com relação aos demais investigados não se faz presente justa causa para a continuidade das investigações, diante dos parcos indícios coletados", escreveu a juíza na sentença.
Além de Lula e Léo Pinheiro, a investigação também envolvia o ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamoto e o ex-executivo da OAS Augusto Uzeda.
Confira o documento: