A Polícia Federal intimou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para prestarem depoimentos dentro do inquérito das fake news sobre os ataques realizados pelo presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral durante uma transmissão veiculada pela internet e pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
Bolsonaro foi incluído como investigado no inquérito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também autorizou a realização de depoimentos e diligências.
Ramos e Ramagem devem ser ouvidos como testemunhas a respeito do assunto e devem ser questionados se forneceram informações a Bolsonaro a respeito das urnas eletrônicas, que possam ter sido usadas para os ataques feitos pelo presidente.
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Também deve prestar depoimento o coronel da reserva do Exército, Eduardo Gomes da Silva, que era assessor especial de Ramos e participou da live com Bolsonaro. Na ocasião, o coronel foi apresentado como um "analista de inteligência" e foi levado para falar sobre supostas fraudes nas urnas, sem apresentar nenhuma prova sobre o assunto.
A inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news ocorreu após uma notícia-crime enviada pelos ministros do TSE a Alexandre de Moraes.