Nesta terça-feira (13), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a proposta de instaurar o voto impresso depende da vontade política de cada Casa do Congresso para ser aprovada.
"Toda decisão legislativa, ela depende de voto. Quem vai analisar isso são os membros da comissão. Por enquanto, eu venho colocando de uma maneira bem prática que a Câmara já votou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dessa em 2015, não teria necessidade de a Câmara passar por isso de novo", disse ele.
Lira também ressaltou que a proposta, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), possui outra semelhante já analisada pela Câmara e que aguarda votação no Senado desde 2015. "A PEC está no Senado desde 2015. Uma que prevê esse voto auditável impresso. Então se não houver condição de o Senado votar lá uma PEC que está desde 2015, eu não sei que diferença faria", acrescentou.
De acordo com Lira, essas são "coisas do processo legislativo" que precisam ser respeitadas democraticamente. "Se há maioria, se há minoria, só se configura com as votações. Vamos esperar os acontecimentos."
Nas últimas semanas, o tema tem causado tensões em relação às eleições de 2022 . Em conversa com apoiadores, Bolsonaro chegou a dizer que não passaria a faixa presidencial caso a proposta para o voto impresso não fosse aprovada . O mandatário também acusou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso de interferir no Legislativo .