Os partidos PSB e Cidadania desistiram das ações apresentadas no STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito do orçamento paralelo — ou 'tratoraço'— que consistiria em um suposto pagamento ilegal de emendas parlamentares para atender congressistas da base aliada do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O esquema, denunciado pelo jornal Estado de S. Paulo, consistiria em um orçamento paralelo, articulado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional , no valor de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares que, em sua maioria, serviriam para a compra de tratores e outras máquinas agrícolas com preço superfaturado, chegando ao triplo dos valores de referência fixados pelo governo. O caso também foi entregue ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à PGR (Procuradoria-geral da República).
No STF, as ações foram protocoladas pelo PSB no dia 6 deste mês, e no dia 7 pelo Cidadania. Menos de uma semana depois, a ministra Rosa Weber comunicou a desistência. As petições não explicitam os motivos.
Ao UOL , o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, disse que o recuo foi um pedido dos parlamentares da própria sigla. "A bancada tinha votado favoravelmente à legislação, tal como está, e pediu para que nós retirássemos", justificou. "A bancada é unida e, por ter votado a favor desse orçamento, e achou que seria uma contradição prosseguir com o processo", complementou Freire.
O PSB ainda não se pronunciou sobre a desistência.