Na tarde desta quarta-feira (9), durante o depoimento do ex-secretário da Saúde Élcio Franco à CPI da Covid , o vice-presidente da Comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contou 81 correspondências da farmacêutica Pfizer com ofertas de vacinas ao governo federal e disse que a maioria não teve resposta.
"Ao que me parece, pelos documentos que temos aqui, 90% dessas ficaram sem resposta", disse o senador. Franco, porém, defendeu que algumas das cartas eram repetidas. "Algumas delas já eram respostas às demandas nossas, só para citar para o senhor. Outras, eram e-mails que eles mandavam repetidamente para o Ministério com o mesmo conteúdo que eles mandaram quatro, cinco vezes".
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Em uma das mensagens lidas pelo senador durante a oitiva, a Pfizer perguntava se a pasta já havia tomado a decisão "de não avançar com assinatura do documento", já que, se esse fosse o caso, eles gostariam de ser avisados para poder disponibilizar as doses a outros países.
Na última semana, o senador disse que a Pfizer enviou 53 e-mails ao Ministério da Saúde, sendo que todos foram ignorados . Porém, em nova investigação da Comissão, a cúpula teve acesso a novos documentos, que, segundo Randolfe, provam 81 tentativas de contato com a pasta.
"Não restam dúvidas da omissão do Governo na aquisição de vacinas para o Brasil!", escreveu Randolfe nas redes sociais.