A primeira conversa entre o presidente dos EUA, Joe Biden , e do Brasil, Jair Bolsonaro , poderá acontecer no dia 22 de abril, em um encontro virtual planejado pelos americanos. O assunto da reunião não agrada a Bolsonaro, o que melar sua participação: as queimadas na Amazônia .
O presidente brasileiro ainda não confirmou a participação, mas esse poderá ser o primeiro encontro com Biden, após a vitória do democrata nas eleições americanas. A relação entre os dois começou estremecida, com o apoio de Bolsonaro à Donald Trump e ameaça de sansões do democrata caso o Brasil não faça nada para diminuir as queimadas na Floresta Amazônica . Para Jair Bolsonaro, os incêndios florestais são relativos e afirmou que não deverá ter intervenção de outros países em bens brasileiros.
Há a expectativa da participação de Emmanuel Macron, presidente da França e um dos maiores desafetos de Bolsonaro. A troca de farpas entre os dois chefes de estado começou após Macron se reunir com as 7 maiores economias do mundo para debater sobre as queimadas, em 2019. O chefe do Palácio do Planalto rebateu uma publicação do francês afirmando que teria usado tom sensacionalista e tinha visão de “colonialista”.
As acusações envolveram o deputado federal e filho do presidente brasileiro, Eduardo Bolsonaro, que chamou o presidente da França de “idiota, e o ex-ministro da educação, Abraham Weintraub. Por sua vez, Marcon acusou Jair Bolsonaro de mentir sobre os compromissos ambientais no Brasil.
Demora para reconhecer vitória
As relações diplomáticas entre EUA e Brasil foram se deterioraram após a vitória de Biden. Bolsonaro seguia a linha de Trump e dizia, publicamente, que houve fraude na contagem dos votos.
Mesmo após a confirmação da vitória, o Palácio do Planalto não reconheceu a eleição do democrata e se posicionou contra o pedido de impeachment de Donald Trump. Após as invasões no Capitólio , apoiadores e os filhos de Bolsonaro colocaram a foto do então presidente dos Estados Unidos como foto de perfil no Twitter , rede social em que Trump foi banido .
Bolsonaro também não condenou os ataques ao Congresso dos EUA, o que provocou repercussão negativa na política externa entre os países. O senador democrata, Bob Menendez, afirmou que se o Brasil não se pronunciar a relação com o país norte-americano será prejudicada .