Nesta quarta-feira (10), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo votou pela admissibilidade do processo que a deputada Isa Penna (PSOL) move contra o deputado Fernando Cury (Cidadania) por ter sido apalpada por trás em plenário . As informações são da Folha de S. Paulo .
Essa é a primeira etapa de tramitação do caso no Conselho de Ética. O segundo, de definição de um relator, também já foi dado. Segundo o jornal, a relatoria ficará com o deputado Emídio de Souza (PT), que terá 15 dias para analisar provas, depoimentos, defesa e decidir pelo arquivamento do caso ou propor alguma punição ao acusado. Seu relatório precisa ter o aval de 6 dos 9 membros do conselho.
Cury também pode ser advertido verbalmente, censurado ou ter seu mandato suspenso temporariamente. De acordo com o regimento, para cassação ou suspensão, é necessário o aval do plenário em votação secreta. A Folha informou que, entre os deputados, a cassação é vista como hipótese remota, enquanto a suspensão parece mais provável.
Na sessão de hoje, participou o deputado Estevão Galvão (DEM), que não faz parte do conselho, mas é corregedor da Casa, fazendo com que tenha direito a voto. Isa Penna havia solicitado que o deputado Alex de Madureira (PSD) fosse excluído do julgamento do seu caso, por considerar que ele tem implicação no ocorrido. Nas imagens da sessão, Madureira é o deputado com quem Cury conversa e tenta segurar o acusado logo antes de se dirigir à deputada e tocá-la.
No entanto, Madureira não foi considerado suspeito para julgar o caso, em uma derrota para Penna de 8 votos a 2. Erica Malunguinho (PSOL) e Emídio votaram a favor de excluí-lo. O conselho também não acatou o pedido da defesa de Cury de excluir Malunguinho do conselho. Os dez deputados votaram a favor da permanência dela.