A decisão judicial que resultou na prisão do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) aponta que ele entregou o aparelho celular de outra pessoa, durante uma investigação com pedido de busca e apreensão em sua residência em setembro. As informações são do jornal O Dia .
Além de Crivella , outras cinco pessoas foram presas em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil contra um "QG da Propina" na prefeitura, nesta terça-feira (22).
"E para finalizar o quesito 'conveniência da instrução criminal', durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos (...), o prefeito Marcelo Crivella , assim como o também denunciado Mauro Macedo deram mostras de que pretendem colocar todos os obstáculos à apuração dos fatos na busca da verdade real, pois o prefeito, naquela ocasião, entregou aos agentes encarregados da diligência, afirmando ser de seu uso, um aparelho de telefone celular de terceiro", afirma parte da decisão obtida pelo jornal.
A desembargadora que assinou a decisão judicial, Rosa Helena Penna Macedo Guita, diz que a fraude foi constatada com um exame no aparelho apreendido. "Tal fato, sobre o qual o Ministério Público discorreu com riqueza de detalhes, foi apurado mediante o exame dos dados armazenados no citado aparelho, inclusive rastreamento do seu percurso por meio dos dados armazenados no GPS, tudo devidamente documentado nos autos", afirma.
"Esse tipo de conduta, aliás, parece ser uma prática constante entre os membros da organização criminosa", completa.