O governador afastado Wilson Witzel voltou a seu antigo endereço, uma casa no Grajaú, nesta segunda-feira. A saída do Palácio Laranjeiras ocorreu após o tribunal misto — que julga o processo de impeachment de Witzel — votar na última quinta-feira, dia 5, pela desocupação da residência oficial. Em nota, a assessoria do PSC, afirma que o governador afastado e sua família não mais vão resisdir no Palácio apesar de considerarem a saída uma "ordem ilegal".
Durante a sessão do tribunal formado por desembargadores e deputados que julga o impeachment de Witzel , a relator do processo, deputado Waldeck Carneiro (PT), incluiu na votação sobre a saída do governador afastado da residência oficial. A decisão terminou após o placar de 6 votos a favor e 4 contrários à proposta.
Na nota desta segunda-feira, a inclusão do tema no julgamento sobre a sequência do processo de impeachment foi classificada como uma "forma ilegal" de discutir o assunto, "impedindo a defesa de Witzel de atuar". A advogada Ana Teresa Basilio protestou, durante a sessão na semana passada, contra a sugestão de desocupação proposta pelo relator, mas não obteve sucesso.
"Há decisão expressa do STJ permitindo a permanência do governador no Palácio Laranjeiras, e essa questão não é objeto do presente processo", alegou a advogada durante o julgamento.
O comunicado ainda afirma que o governador afastado "e sua família sempre preferiram residir em seu imóvel familiar. Apesar da ordem ilegal o Laranjeiras não será mais utilizado durante o afastamento de suas funções".