Nas eleições de 2018, o PSL-RJ direcionou R$ 49 mil da cota feminina para duas empresas ligadas a assessores de Flávio Bolsonaro . O valor corresponde a 10% da verba destinada a mulheres candidatas. As informações são do UOL .
De 33 postulantes do diretório estadual, 27 devolveram metade de suas verbas eleitorais para duas empresas ligadas a Alessandra Oliveira e a Luís Gustavo Botto Maia. Além disso, dez das candidatas possuem indícios de fraude contábil e duas tiveram suspeita de falsificação de assinaturas.
Uma das empresas envolvidas é a Alê Soluções e Eventos , de Alessandra Oliveira, primeira-tesoureira do PSL no Rio de Janeiro e assessora de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A Alê Soluções e Eventos, uma empresa de produção de eventos pequenos, foi contratada para 33 candidatas com objetivo de prestar serviços de contabilidade. Essa é uma função que não consta nas atribuições apontadas no cadastro da Receita Federal.
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A outra empresa contratada é a Jorge Domingues Sociedade Individual Advocacia e pertence a um ex-sócio de Luís Gustavo Botto Maia, advogado eleitoral de Flávio Bolsonaro. A firma passou a emitir notas fiscais apenas durante o período eleitoral do ano seguinte para serviços prestados a campanhas do PSL-RJ.
Alessandra Oliveira e Luís Botto Maia são investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeitos de terem participado do esquema de rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro na época em que ele era deputado estadual.
Trinta e três candidatas contrataram o serviço das duas empresas. Dessas, dez apresentaram uma movimentação financeira semelhante na campanha . Elas receberam o mesmo valor do PSL-RJ e gastaram metade com um cabo eleitoral e a outra metade com as empresas ligadas a Oliveira e Botto Maia.
Os contratos com as candidatas e peças das prestações de contas são assinados por Botto Maia. Essas prestações da sigla à Justiça Eleitoral apresentam suspeita de irregularidades no uso dos valores.