Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
Carolina Antunes/PR
Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles

A rusga do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , com o colega da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos , representante da ala militar do governo, gerou reação entre parlamentares. Após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar neste sábado que o ministro "não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo" , o líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR), botou panos quentes e disse que vai pacificar a relação entre eles "como fizemos com Maia e Guedes".

Na quinta-feira, Salles teceu críticas públicas contra Ramos, chamando-o de #mariafofoca em uma publicação no Twitter. Na ocasião, Salles comentava sobre uma nota do jornal O Globo sobre a disputa entre as alas ideológica e militar do governo.

"Já fizemos as pazes do Maia com o Guedes, logo faremos do Maia com o Salles também. O Maia tem uma posição autônoma, ele é independente, mas os resultados da gestão do Maia para o governo, em geral, são bons. Não vamos discutir detalhes. Não podemos reclamar da relação institucional do governo com a Presidência da Câmara", disse Barros.

Antes de Maia, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que disputa a Presidência da Câmara, também se posicionou sobre o tema. No Twitter, o deputado disse que "o governo não pode se perder em baixarias". Segundo ele, o ministro Ramos " tem dialogado com a Câmara de forma cordial, respeitosa e buscando construir convergências que ajudem o Governo e o Brasil."

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Um dos líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) também saiu em defesa de Ramos.

"O Progressistas manifesta total apoio ao trabalho do ministro-chefe da secretaria de Governo da Presidência da República, @MinLuizRamos. Sua atuação tem sido fundamental na construção e estabilidade de uma base sólida no Congresso Nacional", escreveu no Twitter, neste sábado.

A confusão entre Salles e Ramos começou às 21h de quinta-feira, quando o primeiro ligou para o segundo acusando de supostos vazamentos para imprensa.O ministro do Meio Ambiente estava inconformado com a nota da colunista Bela Megale que mencionou que Salles estava esticando a corda com a ala militar ao reclamar publicamente da falta de verbas. Oito horas antes daquela ligação, os dois ministros haviam se cumprimentado cordialmente ao serem condecorados em cerimônia no Palácio do Itamaraty.

Ao desligar o telefonema com Ramos, Salles recorreu às redes sociais. A primeira mensagem dizia: "Tenho enorme respeito pela instituição militar. Como em qualquer lugar, infelizmente, há sempre uma maçã podre a contaminar os demais. Fonte de fofoca, intriga, de conspiração e da discórdia, o problema é a banana de pijama", escreveu, no Twitter.

Salles apagou a mensagem minutos depois e decidiu ser mais direto, mencionando o colega de ministério: "@MinLuizRamos não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca", publicou, às 22h21.

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