Após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , atacar pelas redes sociais o colega da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos , chamando-o de #mariafofoca, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrou em campo para colocar panos quentes na situação.
O ataque de Salles, no fim da noite de quinta-feira (22), foi em reação de uma nota do jornal O Globo que expôs a nova briga entre as alas ideológica e militar do governo. Na manhã de sexta, Bolsonaro esteve com Ramos e Salles na cerimônia em que a Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou a aeronave F-39E Gripen, na Base Aérea de Brasília, e levou ambos para um almoço, com outros convidados, em uma galeteria.
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Durante a refeição, os ânimos, que amanheceram exaltados, já pareciam serenados. Segundo aliados, Ramos convidou Salles para uma conversa em seu gabinete, no quarto andar do Palácio do Planalto , a fim de colocar um ponto final da crise. Salles sinalizou aceitar participar da reunião, mas a conversa ainda não ocorreu.
Auxiliares de Bolsonaro avaliam que o presidente não tomará partido de nenhum dos lados, assim como não entrou na disputa entre os ministros da Economia, Paulo Guedes , e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho . A tendência, acreditam, é que ele vá aguardar o desenrolar da crise entre militares e ideológicos e só avalie se fará alterações no time caso a poeira não abaixe.