As candidatas mulheres de 14 dos 33 partidos do Brasil ainda não receberam o percentual mínimo de verbas previstas pela lei eleitoral de suas respectivas legendas. No País, as siglas devem dedicar pelo menos 30% do orçamento previsto para as campanhas para candidaturas femininas.
A 25 dias do primeiro turno das eleições municipais, o MDB, o PSDB e o PTC são os piores partidos nesse quesito. As três legendas repassaram somente 16% dos recursos às candidatas até agora. Os dados foram levantados pelo Congresso em Foco na plataforma 72 Horas, que permite ao eleitor acompanhar e fiscalizar o uso da verba dos fundos eleitoral e partidário.
Até esta terça-feira (20), ainda não alcançaram o percentual mínimo exigido pela Justiça eleitoral DEM (18%), Solidariedade (18%), PSB (19%), PTB (21%), PSD (21%), Avante (22%), PP (22%), Republicanos (22%), PL (24%), PDT (27%) e PSL (28%).
Os partidos têm até a prestação final dos gastos para atingir o percentual reservado às candidatas. Embora a divisão possa ser alterada até a véspera da eleição, a demora no repasse prejudica a performance das mulheres na campanha, já que cerca de 90% das candidaturas utilizam exclusivamente os recursos públicos em busca de votos.
Os 14 partidos que já superaram o repasse mínimo exigido pela cota de gênero até o momento são o PMN, com 90% do dinheiro destinado a candidatas, PMB (64%), PSTU (50%), PV (com 47%), Psol e o PSC (com 45% destinados a mulheres), PCdoB (43%), Pros (41%), Cidadania (39%), Podemos e DC (38%), PT (34%), Rede Sustentabilidade (32%) e Patriota (30%).
O Novo e o PRTB abriram mão do financiamento público. O PCB, o PCO e a Unidade Popular (UP), que participa de sua primeira eleição, ainda não registraram movimentação do montante.