Ex-ministro Sérgio Moro
Agência Brasil
Ex-ministro Sérgio Moro

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro afirmou em entrevista publicada pelo jornal Correio Braziliense deste domingo (6) que não pretende revidar aos  "ataques" à Operação Lava Jato, o que ele classifica como "calúnias" veiculadas nas redes sociais. Ele comentou, ainda, as repercussões causadas pela operação nas esferas públicas do país.

Questionado sobre a declaração do Procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre correção de rumos para que o "lavajatismo" não perdure, Moro afirmou que o "lavajatismo" citado pelo PGR não existe. "O que existe são servidores públicos que respeitam o salário pago com dinheiro público e tiveram cuidado de fazer bem seu trabalho", afirmou. Para Moro, a execução bem sucedida desse trabalho culminou na punição de quem cometeu esses crimes graves "de acordo com o devido processo legal".

Apesar de ter opinião taxativa quanto à Operação, Moro se esquiva ao falar das investigações sobre interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, um dos motivos que causou o pedido de demissão dele no mês de abril. "Não cabe a mim avaliar o trabalho da PF", pontuou.

Ele considerou a produção de um dossiê antifascista por parte do Ministério da Justiça como "preocupante", mas disse não ter conhecimento suficiente sobre o caso para tecer comentário.

Apesar da saída do governo, Moro disse que fez uma "escolha acertada" ao tornar-se ministro. Segundo ele, a decisão foi tomada com objetivo de combater a corrupção, o que ele considerou como a "causa" da vida dele.

"Nem tudo saiu como planejado, mas a vida é assim", disse. Ele avaliou, ainda, que serviu ao Brasil de forma correta e considerou sua participação no governo Bolsonaro como um "orgulho". Apesar disso, ele criticou o governo ao falar que não vê medidas feitas na campanha serem honradas.


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