A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a existência de graves crimes envolvendo o governador afastado do Rio Wilson Witzel (PSC) e solicitou a sua prisão preventiva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Benedito Gonçalves, entretanto, autorizou apenas o afastamento de Witzel por 180 dias.
No pedido, a PGR argumentou que as condutas de Witzel são "totalmente incompatíveis com o comportamento exigível de um agente político no exercício de um cargo de tamanha relevância em nossa democracia, principalmente em situações de extremo sofrimento para a sociedade como a pandemia da Covid-19".
Prossegue a PGR: "Nem mesmo o caos social gerado pelo referido vírus foi suficiente para fazer cessar a ânsia criminosa do governador e da organização criminosa por ele liderada".
A PGR aponta ainda que Witzel montou uma organização criminosa no governo do Rio semelhante ao esquema de corrupção dos seus antecessiores Sergio Cabral e Luiz Fernando Pezão, que também foram alvos de prisão pela Lava-Jato.