Além da operação deflagrada no Rio para investigar esquema de desvios no setor da saúde, a Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (28) 12 mandados de busca e apreensão no Piauí para obter provas de uma segunda linha de investigação contra o governador Wilson Witzel (PSC), que apura um esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo do Rio.
Os mandados foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jorge Mussi. Mussi é o relator desse inquérito, que tem Witzel como um dos investigados.
Esse inquérito, revelado pelo GLOBO, envolve o advogado Valter Alencar, que foi candidato derrotado ao governo do Piauí pelo PSC em 2018 e, no início de 2019, foi nomeado como assessor especial de Witzel .
Segundo a PGR, o governo fluminense nomeou parentes de Valter Alencar , como um filho e um sobrinho, e outras pessoas ligadas a ele para diversos cargos públicos. A investigação obteve indícios de que ele mantiveram suas atividades no Piauí, o que apontaria suspeitas de que seriam funcionários fantasmas do governo fluminense.
Alencar disse ao GLOBO anteriormente que fez indicações de nomes para a gestão estadual, mas disse que todos efetivamente trabalhavam, negando a existência de irregularidades.