A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão similar à CIA dos Estados Unidos, passou por uma reestruturação nos últimos meses e teve uma nova área criada na última sexta-feira (31) – o Centro de Inteligência Nacional.
Essa reestruturação do órgão de inteligência do governo ocorre alguns meses depois do presidente Jair Bolsonaro criticar a falta de informações.
Em 24 de abril, quando o ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixou o governo , ele afirmou que Bolsonaro desejava colocar como diretor-geral da Polícia Federal um nome para quem "ele pudesse ligar pudesse colher informações pudesse colher relatórios de inteligência".
Em reunião entre Bolsonaro e seus ministros
, que ocorreu em 22 de abril, o presidente criticou o sistema de informação. “Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho", disse no evento.
A nova estrutura de inteligência
Essa nova estrutura, criada por meio de um decreto publicado na sexta no Diário Oficial da União, tem entre as suas funções assessorar outras entidades do governo no “enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade”, segundo informou a Abin ao jornal O Estado de S. Paulo .
O Centro Nacional de Inteligência também irá realizar funções como planejar, coordenar e implementar a “coleta estruturada de dados”. A Abin, no entanto, não especificou quais dados serão coletados.
Uma nota do governo assinada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Secretaria-Geral da Presidência e obtida pelo jornal afirma que o objetivo do centro de inteligência é “aumentar eficiência e eficácia da ação administrativa, com condições mais favoráveis para o desenvolvimento do órgão”.