O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, afirmou na noite desta segunda-feira (15) notar traços de “chavização” no emprego de militares em cargos no governo de Jair Bolsonaro.
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“Acho ruim e preocupante você começar a povoar cargos do governo com militares. Isso é o que aconteceu com a Venezuela, isso é a ‘chavização’. Quando você começa a multiplicar militares no governo e eles começam a se identificar com o governo, isso é um desastre. Não pode acontecer. Não é um problema de ter um ministro aqui e outro ali. É o problema de ocupar cargos”, afirmou Barroso, que classificou a situação atual da Venezuela como um desastre humanitário.
Ao ser questionado sobre homenagens de Bolsonaro ao torturador Brilhante Ustra e sobre o encontro dele com Major Curió, também membro da ditadura militar, Barroso disse que se reservaria para julgar o presidente caso o caso dele chegasse na corte no futuro. “Sobre a tortura eu tenho uma opinião. É uma desonra”, pontuou.