O presidente Jair Bolsonaro classificou a atuação da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia da Covid-19 como "irresponsável" e disse que o órgão "perdeu sua credibilidade". Ele também ironizou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
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"O que enxergo como cidadão é que o efeito colateral desse isolamento vai ser muito maior que o vírus em si. A OMS, em grande parte, perdeu sua credibilidade", disse Bolsonaro ao falar com jornalistas após a reunião do Conselho Ministerial, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O órgão já havia sido alvo de críticas por parte dele e de alguns ministros. "A OMS já disse que cada caso é um caso. Nós não devemos tirar o direito de ir e vir do cidadão que quer buscar o pão de cada dia. A fome mata, e se o mundo continuar adotando esse tipo de isolamento o número de mortes será muito maior que o próprio vírus. A vida não dá pra negociar, mas é cada um ter a possibilidade e o direito de decidir sobre sua vida", completou o presidente.
Bolsonaro elogiou o desempenho do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e ironizou o antecessor, Luiz Henrique Mandetta. "Deu um banho aqui para a nação quando falou dessas questões com muito mais conhecimento que o antepenúltimo que passou por aqui. Falam que o Pazuello não é médico, deu um banho em relação ao antepenúltimo ministro que tínhamos aqui. Agora, o presidente da OMS também não é médico. Por enquanto está lá, tá indo bem", afirmou.
O presidente também comentou a mudança na contagem das mortes em decorrência da Covid-19 e que foi explicada por Pazuello durante a reunião. "O que queremos é um número limpo, que sirva para fazer prognósticos, e não números que apenas sirvam para inflar e dar notícias", finalizou.