Parte das falas
Jorge William / Agência O Globo
Parte das falas "polêmicas" de Bolsonaro são faladas em conversas com seguidores ou jornalistas

Com quase 18 mil confirmações de mortes pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou uma transmissão ao vivo realizada na noite da terça-feira (19) para afirmar que um novo protocolo para utilização da cloroquina no país deve ser assinado, frisado que “quem quiser tomar, que tome”.

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Aproveitando o ensejo, o presidente brincou e disse: “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína”. O comentário repercutiu nas redes e levantou entre internautas o questionamento sobre as falas de Bolsonaro diante da crise causada pelo novo coronavírus no país. Confira, abaixo, algumas das falas e atos mais polêmicos do presidente:



16/03 - Nenhuma morte: “não é isso tudo”

Um dia antes da primeira confirmação de morte pelo Covid-19 no Brasil e um dia depois de saudar manifestantes com apertos de mãos e selfies durante manifestação pedindo o fechamento do STF em Brasília, Bolsonaro declarou que o novo coronavírus “não é isso tudo que dizem” e que é “uma histeria”.

10/04 - mil mortes: pedido para flexibilizar isolamento social

Um dia após o Brasil confirmar mil mortes pelo novo coronavírus, Bolsonaro usou as redes sociais para republicar um vídeo lembrando da importância de flexibilizar o isolamento social e garantindo que "poderá ser tarde demais" se "não acordarmos para realidade". A publicação não está mais disponível. No dia 12 de abril, Bolsonaro chegou a afirmar que “parece que está começando a ir embora essa questão do vírus”

20/04 - Mais de 2 mil mortes: “Não sou coveiro”

Quando o país alcançou a marca de 300 mortes em um dia e 2,5 mil mortes no total, o presidente sequer deixou um jornalista terminar de fazer uma pergunta diante do Palácio do Planalto e disparou: “Eu não sou coveiro, tá certo?”.

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28/04 - 5 mil mortes: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”

Interrompendo mais uma vez um repórter, que questionava medidas contra o novo coronavírus após cinco mil mortes no Brasil, Bolsonaro disparou: “E daí? Quer que eu faça o quê?”. O fato ocorreu durante sua conversa diária com seguidores em Brasília.

08/05 - 9 mil mortes: churrasco para 30 pessoas

Em conversa com seguidores na noite de 7 de maio, pouco após o número de mortos se aproximar de 10 mil no país, Bolsonaro brincou com o público e afirmou que faria um churrasco para os mais próximos no fim de semana. Após repercussão da fala, ele chamou jornalistas de idiotas  e disse que o churrasco era “fake news”.

09/05 - 10 mil mortes: passeio de jet ski e “neurose”

No sábado em que o Brasil completou 10 mil mortes causadas pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro já tinha cancelado o churrasco que disse que faria, mas decidiu andar de jet ski no Lago Paranoá, em Brasília. Na ocasião, ele ainda se aproximou de uma lancha de apoiadores e classificou a doença como uma “neurose”. O comportamento deu margem para críticas como a do ex-presidente Lula, que o chamou de “ignorante” .

Na segunda-feira (11), o presidente lamentou pela primeira vez as 10 mil mortes, afirmando: “Eu lamento cada morte que ocorre, a cada hora”.

19/05 - 17,9 mil mortes: “Esquerda toma tubaína”

A fala “polêmica” mais recente do presidente sobre as mortes causadas pelo novo coronavírus foram disparadas durante live na noite desta terça-feira. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que novo protocolo para utilização de cloroquina no Brasil deve ser assinado nesta quarta e que “quem quiser tomar, que tome”. Em tom de brincadeira no primeiro dia em que o número de mortes no Brasil passou de mil em 24 horas, Bolsonaro afirmou: “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína”.


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