O presidente Jair Bolsonaro rebateu as perguntas feitas por um jornalista na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira (28) e disse que não pode fazer "milagres" ao comentar o recorde diário de mortes pela Covid-19 . De acordo com informações do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas foram registradas mais 474 óbitos em todo o País, chegando a 5.017. O crescimento fez o Brasil ultrapassar a China no número de vítimas.
Durante a entrevista, o repórter fazia a pergunta e foi interrompido pelo presidente. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse, em referência ao próprio sobrenome.
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Em seguida, Bolsonaro suavizou o discurso e disse se solidarizar com as famílias das vítimas. "Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas", afirmou.
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"Mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente, a gente quer ter uma morte digna e deixar uma boa história para trás”, completou o presidente.
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Questionado se conversaria com o ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre a flexibilização do distanciamento social, Bolsonaro afirmou que não dá parecer e não obriga ministro a fazer nada.
"As mortes de hoje, a princípio, essas pessoas foram infectadas há duas semanas. É o que eu digo para vocês: o vírus vai atingir 70% da população. Infelizmente é a realidade. Mortes vão (sic) haver. Ninguém nunca negou que haveria mortes”, disse.