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Ex-superintendente da OAS revela que ex-presidente usou obras em São Bernardo do Campo para esquema de propina da empreiteira

IstoÉ

Luiz Marinho com Lula arrow-options
Reprodução/Facebook/Luiz Marinho
Luiz Marinho foi ministro de Lula e ex-prefeito de São Bernardo do Campo


Conforme ISTOÉ já havia antecipado em junho de 2018, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, o petista Luiz Marinho (2009 a 2016), chafurdou no mar de lama da corrupção implantado por ele na cidade do ABC paulista, terra de Lula. Ele projetou obras de R$ 1 bilhão direcionadas à OAS em troca de subornos. Para corroborar a denúncia, o ex-superintendente da OAS, José Ricardo Nogueira Breghirolli, acaba de fazer delação premiada junto ao MPF revelando que a empreiteira pagou R$ 12 milhões em propinas à gestão de Marinho, por causa de obras superfaturadas no município. Entre elas, está o piscinão no Paço Municipal, construído para acabar com as enchentes no centro da cidade. As propinas eram de R$ 200 mil a R$ 1 milhão mensais para Marinho e o PT, segundo Breghirolli.

Lula

A obra fraudulenta foi acertada entre Lula e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, o mesmo que lhe deu o tríplex no Guarujá. A obra contra a enchente começou a ser planejada no escritório do Instituto Lula em 2012. O ex-presidente pediu que Pinheiro fizesse o piscinão, pois as cheias estavam atingindo até seu condomínio, nas imediações.

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Acerto

Lula solicitou que Pinheiro levasse o projeto para Marinho , sugerindo que a prefeitura petista direcionaria a licitação para a OAS . Dito e feito. Dos R$ 353 milhões orçados, mais de R$ 100 milhões foram superfaturados. E grande parte virou propina. Mesmo assim, o PT não terminou a obra, recém-concluída pelo atual prefeito Orlando Morando (PSDB).

Onyx governador?

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não esconde de ninguém que seu sonho é ser candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2022. Ele é deputado federal licenciado pelo DEM-RS e fez carreira política no estado. Para manter acesa a chama, ele tem conversado semanalmente com emissoras de rádio e televisão gaúchas, esperando com isso se cacifar. Tem o apoio de Bolsonaro na empreitada.

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Rápidas

* Pode não ter dinheiro para combater queimadas, mas tem para o presidente fazer média com a torcida. Ele gastou R$ 201 mil para assistir três jogos da seleção brasileira na Copa América, inclusive a final no Maracanã. Despesas com segurança, transporte e comunicações.

* Com a maior cara de pau, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que R$ 926 milhões cortados da Educação foram usados para pagar as emendas parlamentares para a aprovação da Reforma da Previdência.

* O deputado Capitão Augusto (PL-SP) diz que a Lei de Abuso de Autoridade “fere de morte as polícias”. Para ele, a lei foi feita para atingir os juízes, “mas quem vai pagar o pato é o policial”. Pede que Bolsonaro vete a lei.

* Até o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, é contra a lei. Ele diz que o STF já tem a súmula vinculante nº 11 que inibe o policial de usar algemas, mas a lei de Abuso de Autoridade piora a situação.

Retrato falado

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que “essa história da Amazônia ser patrimônio da humanidade é uma grande bobagem”. Ele levou uma eternidade para adotar medidas contra as queimadas. E colocou na cabeça de Bolsonaro
a tese de que as ONGs ambientais, descontentes com o corte dos recursos vindos da Alemanha e Noruega, é que estão por trás das queimadas. O meio ambiente corre perigo com ele. Até o Novo, partido ao qual pertence, quer se livrar dele.

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Salvando a Amazônia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entrou de cabeça na luta para combater os incêndios florestais na Amazônia. Está pedindo ao STF que libere R$ 1 bilhão do fundo criado com recursos de uma multa que a Petrobras deveria pagar aos Estados Unidos em função dos prejuízos que o petrolão provocou a investidores americanos. Segundo Maia, o dinheiro seria usado pelo governo brasileiro no enfrentamento da crise na Amazônia, já que Bolsonaro alega não ter recursos para combater o fogo que toma conta das florestas. Além de dar uma solução emergencial para as queimadas, a medida aplacaria a ira de governantes mundiais contra o Brasil, como Macron e Merkel.

Toma lá dá cá - Entrevista com  Eliziane Gama, Senadora (Cidadania-MA)

A senhora pretende votar a favor da Reforma da Previdência no Senado?
A aprovação da Reforma da Previdência vai depender do texto final que será apresentado pelo relator. Apresentamos algumas emendas e estamos negociando pontos que consideramos ruins, principalmente para os que ganham menos de dois salários mínimos.

O que precisa ser mudado no texto aprovado na Câmara?
Precisamos corrigir aspectos cruéis da reforma que prejudicam os mais pobres. Alguns pontos como o BPC, o abono salarial e a pensão das viúvas são injustos e afetam quem mais precisa.

Acha importante incluir os estados e municípios?
Esse é um esforço necessário para que o país não quebre de vez. Os estados e municípios estão em apuros.

Salvando a Amazônia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entrou de cabeça na luta para combater os incêndios florestais na Amazônia. Está pedindo ao STF que libere R$ 1 bilhão do fundo criado com recursos de uma multa que a Petrobras deveria pagar aos Estados Unidos em função dos prejuízos que o petrolão provocou a investidores americanos. Segundo Maia, o dinheiro seria usado pelo governo brasileiro no enfrentamento da crise na Amazônia, já que Bolsonaro alega não ter recursos para combater o fogo que toma conta das florestas. Além de dar uma solução emergencial para as queimadas, a medida aplacaria a ira de governantes mundiais contra o Brasil, como Macron e Merkel.

Dinheiro da Lava Jato

O fundo tem R$ 2,5 bilhões. Os EUA resolveram abrir mão do dinheiro. Houve uma disputa pelos recursos. O MPF do Paraná queria que o dinheiro ficasse com a Lava Jato. O STF acha que deve ser aplicado em educação. Agora, Maia propõe que parte vá para a Amazônia. A decisão fica com Alexandre de Moraes, do STF.

Novos tempos no MDB

Atingido em cheio pelas denúncias de corrupção nos últimos anos, o MDB quer mudar de cara. Já alterou o nome, pois antes era PMDB. Agora, quer renovar também a direção. No próximo dia 6 de outubro, o partido realizará seu congresso nacional, ainda sob a presidência do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Mas Jucá será defenestrado pelo partido.

Sangue novo

O substituto de Jucá deverá ser o deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Por mais que ele tenha vínculos históricos com o ex-presidente Michel Temer, um dos que enlameou o partido, Baleia é jovem e tem ideias novas para recuperar a imagem do velho MDB, que no passado já teve figuras ilustres, como Ulysses Guimarães, Franco Montoro e Mário Covas.

PSL contra a Lei de Abuso

O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) está coordenando a bancada do PSL que entrou na Justiça com mandado de segurança contra a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade. Representa dez deputados do PSL, entre eles a deputada Carla Zambelli. Em seu perfil no Twitter, ela diz: “Queremos a anulação da votação”.

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