O presidente Jair Bolsonaro confirmou que tem uma conversa programa para a tarde desta sexta-feira com a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel e disse que está "pronto para conversar com qualquer um", exceto o presidente da França, Emmanuel Macron.
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"Hoje está previsto receber um telefonema da Angela Merkel. Ela começou com um tom, depois foi para a normalidade. Estou pronto para conversar com qualquer um, exceto nosso querido Macron, a não ser que ele se retrate sobre a nossa soberania da Amazônia", disse Bolsonaro , na saída do Palácio da Alvorada.
Ele afirmou que está disposto a conversar sobre o recebimento de recursos, desde que negociados de forma bilateral, e voltou a criticar Macron, dizendo que ele quer "doar em nome do G7":
"Qualquer recurso individual, de um país ou outro, a gente conversa. Agora, o Macron , ele quer doar em nome do G7, isso não é verdade", argumentou Bolsonaro.
Bolsonaro disse que não vê "problema nenhum" na Alemanha retomar os repasses para o Fundo Amazônia, desde que saiba o destino do dinheiro, porque antes, segundo ele, era "muita grana para pouca preservação":
" Sem problema nenhum. Agora, nós queremos saber para onde vai essa grana. Geralmente, vai em parte para ongueiros, que não têm retorno nenhum. Em parte vai para boas coisas, para material etc. Mas é muita grana para pouca preservação", explicou.
Questionado sobre a ocasião em que disse para Merkel usar o dinheiro do fundo para reflorestar a Alemanha, o presidente reclamou de uma tentativa de "complicar" seu relacionamento com a alemã, que estaria querendo "namorar" ele, mas ressaltou que nenhum europeu tem "lições" para dar ao Brasil sobre preservação do meio ambiente.
"Você quer complicar agora, né, cara? Ela quer namorar comigo, você quer complicar. Não é só a Alemanha, é a Europa toda, junta, não tem lições para nos dar no tocante à preservação do meio ambiente."
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Bolsonaro também disse que pode surgir uma "novidade" da visita do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorre nesta sexta, e destacou que pediu ajuda de Trump para conter os incêndios na Amazônia:
"Talvez tenha uma novidade logo mais, o Ernesto e o Eduardo estão nos Estados Unidos, talvez eles tenham algo a adiantar na conversa com o Trump , porque eu pedi para o Trump nos ajudar. O Trump tem dito também que não poderiam tomar uma decisão sem ouvir o Brasil. O Brasil é um país amigo de todo mundo, e eu sou diplomata, eu sou uma pessoa afeta ao diálogo."
O presidente disse que pode visitar a Amazônia na semana que vem: "Existe a possibilidade", afirmou, acrescentando depois: "Talvez semana que vem", completou Bolsonaro .