O ex-governador do Paraná, Beto Richa , seu irmão Pepe Richa, que é ex-secretário de infraestrutura do estado, além de outras cinco pessoas, se tornaram réus em mais um processo da Operação Lava-Jato do Paraná.
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Os procuradores apuram irregularidades em licitação para parceria público-privada em consórcio liderado pela Odebrecht para a duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a empreiteira pagou propina em troca de favorecimento no consórcio.
O caso é chamado de Operação "Piloto" e tem como base as colaborações premiadas dos executivos da empresa. O codinome "piloto" é atribuído a Beto Richa e foi identificado por delatores da empresa nas planilhas de pagamentos do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht , mais conhecido como departamento de propina.
Richa e seu irmão vão responder por fraude a licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro . Somente Richa é acusado de receber mais de R$ 3 milhões de propina neste caso.
Também se tornaram réus o contador da família Richa, Dirceu Pupo Ferreira, o ex-secretário de Infraestrutura e Logística Ezequias Moreira Rodrigues, o ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores Luiz Abi Antoun, além de Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, executivos de uma das empresas do consórcio, a Tucumann Engenharia.
Richa já chegou a ser preso três vezes, mas está solto desde abril, quando a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná ( TJ -PR) aceitou seu pedido de liberdade.
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Atualmente, o ex-governador é alvo de quatro operações no Paraná.
Agora, Richa já responde a duas ações penais no âmbito da Lava-Jato. Em fevereiro, ele se tornou réu por suspeita de corrupção na gestão de contratos de pedágios no Paraná.
No total, Beto Richa é réu em sete processos.