O presidente em exercício Hamilton Mourão disse nesta quinta-feira (27) que o presidenteJair Bolsonaro poderáexonerar o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, caso ele tenha alguma responsabilidade no processo envolvendo candidaturas laranjas do PSL na última eleição. Um assessor e dois ex-assessores do titular da pasta foram presos nesta quinta-feira. De acordo com Mourão, Bolsonaro aguarda o desenrolar das investigações.
"É obvio que se houver alguma culpabilidade nesse processo, o presidente não vai ter nenhuma dúvida em substituir o ministro do Turismo . Vamos aguardar o retorno dele do Japão", declarou o presidente em exercício.
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Mourão , no entanto, foi cauteloso ao dizer que é necessário aguardar as investigações.
"Sempre que queremos colocar a culpabilidade na frente dos acontecimentos as coisas não funcionam corretamente, não vamos linchar a pessoa antes de todos os dados serem esclarecidos", disse Mourão, durante cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal Regional Federal (TRF-4)
Ainda no evento, Mourão minimizou os resultados da pesquisa Ibope que mostra que Bolsonaro tem 32% de reprovação. Segundo ele, a situação econômica do país e a necessidade do governo de aprovação de reformas influencia na queda de popularidade. O presidente em exercício ainda afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) está se perdendo ao falar sobre o fato de Bolsonaro ter sido listado pela entidade entre os “fracassos de liderança”.
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"Na minha visão, a ONU está se perdendo ao longo do tempo. Ela surgiu para manter a paz no mundo. Nós temos um Conselho de Segurança ainda anacrônico em que cinco países têm poder permanente e veto para tudo, então ela se perde às vezes em determinadas discussões. O presidente Bolsonaro é um líder reconhecido dentro do nosso país, óbvio que isso é uma democracia, tem gente que gosta e gente que não gosta", declarou.
Mourão também foi perguntado sobre a prisão do sargento da Aeronáutica e comissário de bordo no voo da equipe de apoio à viagem de Bolsonaro ao Japão, preso com 39 quilos de cocaína na Espanha.
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"Foi um episódio lamentável. Fica muito claro que aquela tripulação não tem nada a ver com a do presidente. Agora tem um inquérito aberto pela Força Aérea, a própria investigação da polícia espanhola para saber para quem seria destinada aquela quantidade de droga e, no nosso caso, é ver se tem algumas outras ligações aqui no Brasil", disse.