Em meio à repercussão da divulgação de conversas suas com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro recebeu, nesta quarta-feira (12), cerca de 30 parlamentares evangélicos em seu gabinete em Brasília. Ele rezaram e conversaram por 40 minutos.
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Diante deles, Moro negou que tenha combinado atuações com a força-tarefa do MPF no período em que, enquanto juiz, era responsável pelos processos relativos à Lava Jato. "Ele nos disse que foi um vazamento criminoso, que não pode confirmar nada até porque não sabe o conteúdo total", disse o deputado e pastor Marco Feliciano (Podemos- SP), que estava presente no encontro.
Ainda de acordo com o parlamentar, o ministro teria demonstrado tranquilidade e descartado a existência de ações combinadas entre ele e Dallagnol. "Moro disse que está tranquilo, que quem não deve não teme e que não houve conluio algum", afirmou Feliciano.
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O encontro dos evangélicos com o ministro, segundo Feliciano, teve como objetivo demonstrar apoio em um momento em que há muitas críticas sobre a atuação do ex-juiz (parte dela inclui sugestões de que ele deveria se afastar do cargo). Feliciano lembrou que a Polícia Federal (PF) está investigando ataques de hackers ao magistrado e a procuradores da Lava Jato .
No fim do encontro, conta Feliciano, o deputado Silas Câmara (PRB-AM) perguntou a Moro se ele aceitaria uma oração. "Então, nós nos colocamos em oração por ele", relatou Feliciano.
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Mais cedo, por volta de meio-dia, Moro esteve no Palácio do Planalto junto com o diretor da PF, Maurício Valeixo, para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. A audiência não constava nas agendas oficiais dele e a pauta debatida não foi divulgada.