O Presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) defendeu a permanência do órgão no Ministério da Justiça. Roberto Leonel se posicionou nesta segunda-feira (13) durante um congresso sobre combate à corrupção que aconteceu em Curitiba e também contou com a presença do ministro da Justiça, Sergio Moro.
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"O mais importante é que o Coaf tem uma maior proximidade, uma maior interação ou uma maior aderência aos órgãos do Ministério da Justiça . Praticamente 80% dos nossos relatórios de inteligência financeira são direcionados a órgãos de persecução penal, Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Federal", afirmou Leonel.
Anteriormente, Leonel havia minimizado os efeitos da transição afirmando que o órgão possui “autonomia operacional” e isso não deve mudar. Na ocasião, ele também disse que o Coaf deve se fortalecer esse ano, com contratação de mais pessoal, entre outras medidas.
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Sergio Moro também comentou a troca de comando do órgão no evento de Curitiba. Para o ministro, a tendência é que ele seja “negligenciado” na alçada do Ministério da Economia. "A tendência é ele ficar negligenciado no Ministério da Fazenda ou da Economia. Na Justiça e Segurança Pública, nós reconhecemos o valor estratégico dele", disse o ex-juiz. Moro também garantiu que a disputa pelo controle do Coaf não é uma questão pessoal com o ministro da Economia, Paulo Guedes.