O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal, negou nesta sexta-feira pedido de habeas corpus preventivo para evitar a prisão de Dario Messer , o " doleiro dos doleiros". Messser tem ordem de prisão no Brasil e Paraguai, mas está foragido. Ele é procurado pela Interpol desde a operação " Câmbio , Desligo ", etapa da Lava-Jato que investigou uma rede de doleiros que lavavam dinheiro para o esquema do ex-governador Sérgio Cabral .
Na decisão, o ministro justifica que "não é possível avaliar, com a profundidade necessária, a impropriedade da prisão preventiva". O habeas corpus da defesa de Messer pedia a revogação da prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas em maio de 2018.
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O esquema de lavagem de dinheiro de Messer, que levou ao mandado de prisão, atinge a cifra de US$ 1,652 bilhão. No relatório do Ministério Público Federal ( MPF ), Messer aparece como o sócio-capitalista do negócio e dono de 60% dos lucros. Seu codinome era Cagarras, por conta de sua cobertura na avenida Delfim Moreira, no Leblon, com vista para as ilhas homônimas.
O nome de Dario Messer aparece associado à lavagem de dinheiro em 2005 pela primeira vez, quando o também doleiro Toninho da Barcelona disse à CPI do Banestado que Messer lhe repassou dinheiro do exterior para ser lavado para o PT. Ele também é citado, junto à esposa, na lista dos investigados do Swissleaks divulgada em 2015.
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