O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro
Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu, nesta quinta-feira (25), que não se opõe a retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça e da Segurança pública, Sérgio Moro . A alteração pode incomodar o ex-juiz, que, ao deixar a magistratura de lado e entrar no governo, havia pedido pessoalmente que o órgão fosse transferido para a sua pasta. Antes da reforma administrativa, o Coaf estava sob o guarda-chuva do antigo Ministério da Fazenda.

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As informações são do jornal O Estado de S.Paulo . Segundo a publicação, Bolsonaro pode tirar o Coaf de Moro com a intenção de obter o apoio do Congresso à medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios. Essa MP vai caducar no dia 3 de junho, e tem enfrentado resistência para ser aprovada pelos parlamentares, o que obrigaria o Palácio do Planalto a redesenhar a estrutura do governo.

"Não me oponho em voltar o Coaf para o Ministério da Economia, apesar de o Paulo Guedes estar com muita coisa. Falei hoje (quinta) com o senador Fernando Bezerra (relator da medida provisória) sobre a votação. Tem um ponto ou outro. Se não aprovar, será uma bagunça. Teremos que ter mais sete ministros", disse o presidente. A declaração de Bolsonaro foi dada durante um café da manhã realizado com jornalistas, no Palácio do Planalto.

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Por sua vez, o Centrão – que reúne partidos como o PP e o PR – afirma que a troca de endereço do Coaf implicaria no enfraquecimento do ex-juiz no cargo de ministro. Além da Coaf, o governo ainda avalia tirar de Moro a área de registro sindical, que foi incorporada à pasta após o fim do Ministério do Trabalho.  Ambos, tanto o Coaf quanto a área de registro sindical,  devem ir para o Ministério da Economia.

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