Beto Richa, ex-governador do Paraná, agora foi preso preventivamente por suspeita de fraude na reforma de escolas
Marcelo Camargo/ABr
Beto Richa, ex-governador do Paraná, agora foi preso preventivamente por suspeita de fraude na reforma de escolas

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (19). Agora, o tucano é alvo de um mandado de prisão preventiva decorrente de uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga um suposto desvio de recursos que deveriam ser usados na construção de escolas estaduais.

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De acordo com as investigações, parte do dinheiro desviado teria sido usado em campanhas eleitorais de Beto Richa . Com essa, o ex-governador do Paraná já acumula três passagens pela prisão em um ano. Desta vez, a prisão do tucano foi determinada pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba.

O ex-governador também havia sido capturado na Operação Radiopatrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e pela Operação Integração, desdobramento da Operação Lava Jato na Justiça Federal.

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Segundo o despacho, "o investigado Carlos Alberto Richa, então governador do Estado do Paraná à época dos fatos, é apontado pelo Ministério Público como o chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas advindas das empresas privadas responsáveis pela execução das obras nas escolas públicas estaduais".

Ainda de acordo com os investigadores, o ex-governador do Paraná  "vem praticando atos ilícitos há décadas". Os promotores destacam também que "a prática de ilícitos de grande gravidade é uma constante" para o tucano.

Como é preventiva, a prisão desta terça-feira é por tempo indeterminado. Ainda recai sobre o tucano suspeita de corrupção, fraude à licitação, crimes de obstrução de investigações e lavagem de dinheiro.

Ontem, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um novo salvo-conduto para o ex-governador e para sua família. A decisão do ministro impede que os três sejam alvo de prisões cautelares, mas a decisão se aplica apenas a casos relacionados à Lava Jato. 

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A ação de hoje é a quarta fase da Operação Quadro Negro, que investiga desvios de R$ 22 milhões por meio de aditivos contratuais sobre a construção e reformas de escolas estaduais. Além de Beto Richa , também são alvo de mandado de prisão por tempo indeterminado o ex-secretário do Governo do Paraná Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino.

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