Lula deixou carceragem da PF em Curitiba para ir ao velório do neto em São Bernardo do Campo, em São Paulo
Reprodução/Globo News
Lula deixou carceragem da PF em Curitiba para ir ao velório do neto em São Bernardo do Campo, em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante o velório do seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, neste sábado (2), que quando se encontrarem no céu ele vai levar o "diploma de sua inocência", por todo o bullying que Arthur sofreu na escola pelo avô preso. Segundo a assesoria do petista, Lula disse que vai provar que o ex-juiz Sérgio Moro e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol "mentiram nas acusações feitas contra ele".

De acordo com os relatos de quem esteve com Lula no velório, o ex-presidente chorou muito e teve dificuldade de conversar na cerimônia com parentes e amigos próximos. O petista disse que Arthur se encontrava hoje no céu com a ex-primeira-dama Marisa Letícia, lembrou quanto o menino gostava de futebol, e a crueldade de três avós do pequeno Arthur ali, enterrando um neto, que isso "não é a ordem natural das coisas".

Apoiadores do ex-presidente que cercaram o local acenaram para o petista na saída. Ele acenou de volta. A decisão judicial que permitiu sua ida ao velório do neto não permitia que ele falasse com a população.

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O ex-presidente deixou velório do neto, em São Bernardo do Campo (SP), perto das 13h deste sábado (2). O petista votou a sede da Polícia Federal em Curitiba , onde cumpre pena, às 15h45. Vítima de uma meningite meningocócica, Arthur morreu nesta sexta-feira (1º) e teve seu corpo cremado às 12h de hoje.

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal em Curitiba , autorizou ontem o ex-presidente a deixar a carceragem para comparecer ao velório do neto . A decisão está em segredo de Justiça e não será inteiramente divulgada por motivos de segurança. Coube à PF escoltar o ex-presidente até o local do velório e do sepultamento.

O petista teve permissão de ficar 1h30 no local do velório, junto a sua família. O ex-presidente chegou aos gritos de "Lula livre" e "Lula guerreiro do povo brasileiro", acenou para apoiadores, que se aglomeravam no entorno, contidos por grades e ficou acompanhado por policiais.

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No pedido de autorização para o petista deixar a prisão, feito no início da tarde de sexta-feira, os advogados do ex-presidente Lula argumentaram que a Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos deixem a prisão para comparecer ao velório de parente próximos.

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