O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou velório do neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos, em São Bernardo do Campo (SP), perto das 13h deste sábado (2). O petista votou a sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena, às 15h45. Vítima de uma meningite meningocócica, Arthur morreu nesta sexta-feira (1º) e teve seu corpo cremado às 12h de hoje.
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Lula saiu da sede da Polícia Federal, às 7h, em um helicóptero da Polícia Civil, seguiu para o Aeroporto do Bacacheri, também na capital paranaense, e embarcou em uma aeronave do governo do Paraná. O avião decolou do terminal aéreo perto das 7h20 e chegou em São Paulo perto das 8h30. O velório do corpo de Arthur aconteceu no Cemitério Jardim da Colina.
A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal em Curitiba
, autorizou ontem o ex-presidente a deixar a carceragem para comparecer ao velório do neto. A decisão está em segredo de Justiça e não será inteiramente divulgada por motivos de segurança. Coube à PF escoltar o ex-presidente até o local do velório e do sepultamento.
O petista teve permissão de ficar 1h30 no local do velório, junto a sua família. O ex-presidente chegou aos gritos de "Lula livre" e "Lula guerreiro do povo brasileiro", acenou para apoiadores, que se aglomeravam no entorno, contidos por grades e ficou acompanhado por policiais.
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No pedido de autorização para o petista
deixar a prisão, feito no início da tarde, os advogados do ex-presidente argumentaram que a Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos deixem a prisão para comparecer ao velório de parente próximos.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado por ter sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal (4ª Região), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá (SP).
Em janeiro, o ex-presidente pediu autorização para sair da prisão e comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de um câncer no pulmão. O pedido, porém, foi negado pela juíza federal Carolina Lebbos. A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF-4.
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Mais tarde, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula , mas o ex-presidente não concordou com as condições impostas na decisão, que determinava que o ex-presidente poderia se encontrar com os parentes, mas em um quartel das Forças Armadas. A decisão de Toffoli também foi tomada só após o velório de Vavá.
*Com informações da Agência Brasil.