A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, responsável pela execução penal do petista autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sair temporariamente da prisão para comparecer ao velório de seu neto, Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu nesta sexta-feira (1), aos sete anos de idade, por conta de uma meningite meningocócica. A decisão, porém, pede sigilo quanto ao deslocamento do ex-presidente.
Leia também: Neto de Lula morre de meningite meningocócica na Grande São Paulo
A defesa de Lula entrou com um pedido logo após o anúncio da morte da criança, que foi internada como uma forte febre no Hospital Bartira, em Santo André, mas não resistiu e morreu. Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva, fruto do casamento do ex-presidente com o ex-primeira dama Marisa Letícia.
O velório será no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo e a cremação está marcada para este sábado (2), ao meio dia. Os pais da criança adiaram a cerimônia para que o avô pudesse comparecer.
Antes da oficialização, a Polícia Federal e o MPF já haviam sido avisados para fazer a logística da saída do petista. Ele deve deixar a Superitendência da Polícia Federal de Curitiba nas próximas. O governo do estado do Paraná cedeu um avião para o transporte do ex-presidente.
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguirá para São Paulo em avião do Governo do Paraná. A aeronave foi liberada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, atendendo pedido da superintendência da Polícia Federal no Paraná", informou o governo.
Lula não pode ir ao velório do irmão
No mês passado, Lula perdeu o irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá e pediu autorização para comparecer à cerimônia.
A juíza Carolina Lebbos , da Vara de Execuções Penais de Curitiba, negou o pedido do ex-presidente com base na justificativa de que a "permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso".
A Superintendência da Polícia Federal, por sua vez, declarou-se "impossibilitada de garantir a ordem pública e a segurança do preso". O desembargador de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª região, Leandro Paulsen.
Leia também: "Decisões da Justiça têm de ser cumpridas", diz Moro sobre o caso de Lula
O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal e o ministro Dias Toffoli autorizou a saída do ex-presidente, afirmando que a PF "não deveria obstar o cumprimento de um direito assegurado". No entanto, Toffoli determinou que o ex-presidente poderia apenas ir para uma unidade militar na região do ABC, para onde o corpo poderia ser levado.
Àquela altura, Vavá já estava sendo velado e foi sepultado minutos depois da decisão. O ex-presidente e seus advogados entenderam que não havia mais tempo hábil. Por isso, ele desistiu do deslocamento e permaneceu em Curitiba.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva segue preso na Superitendência da Polícia Federal de Curitiba. O petista está detido desde 07 de abril de 2018 e cumpre condenação de 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.