O delegado Igor Romário de Paula, que coordenou a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, foi nomeado para ser o novo diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na manhã desta quinta-feira (17).
Leia também: Moro afirma que não é possível enviar Força Nacional ao Pará agora
Igor de Paula assumirá o lugar do delegado Elzio Vicente da Silva, nomeado em março do ano passado pelo ex-diretor da Polícia Federal, Rogério Galloro. O cargo de diretor de combate ao crime organizado é considerado um dos mais importantes na hierarquia da PF. O novo delegado será responsável pela investigação de crimes de corrupção em Brasília.
No Diário Oficial desta quinta-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, "no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 2º do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016" nomeou Igor de Paula para exercer o cargo, que é ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sérgio Moro.
Não é a primeira vez que um integrante da Operação Lava Jato assume um cargo no alto escalão da Polícia Federal. Moro também nomeou, em novembro, o delegado Maurício Valeixo , que era superintendente da PF no Paraná, para assumir o cargo de diretor-geral.
Igor de Paula atuou também a frente das investigações do Banestado, caso na qual a Polícia Federal identificou lavagem de dinheiro superior a dez bilhões de reais no sistema financeiro público brasileiro. Em 2015, também participou das investigações e dos indiciamentos contra os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, presos na 14º fase da operação Lava Jato.
Durante sua atuação na Lava Jato, ele chegou a se envolver em polêmicas por suas posições políticas, apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 e fez críticas ao PT e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na internet.
Leia também: Bolsonaro transfere Coaf para as mãos de Moro no Ministério da Justiça
Em 2017, a Comissão de Ética da Presidência da República enviou um pedido à Comissão de Ética do Ministério da Justiça, protocolado pelo PT, para que houvesse investigação contra o delegado .