
Em uma de duas primeiras medidas provisórias como presidente da República, Jair Bolsonaro transferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do extinto Ministério da Fazenda (hoje Ministério da Economia) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A medida provisória nº 870 trouxe a organização dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios.
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Na MP, ficou definido que o presidente do Coaf será indicado pelo ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro
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O Coaf é responsável por ações de inteligência para prevenir a lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e o financiamento do terrorismo. O Coaf recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes.
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Em outros decretos publicados hoje no Diário Oficial da União, Bolsonaro exonerou o atual presidente do Coaf, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, e nomeou Roberto Leonel de Oliveira Lima para o cargo. Lima é auditor-fiscal da Receita Federal a atuava na força-tarefa da Operação Lava Jato.
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Filho de Bolsonaro vai depor ao Coaf

O senador eleito pelo Rio de Janeiro e filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL), deve prestar depoimento ao Ministério Público Estadual (MP-RJ) no dia 10 de janeiro, segundo informou o órgão nesta quinta-feira (27). A oitiva, caso se confirme, terá como foco movimentações financeiras suspeitas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz , identificadas em relatório do Coaf.
Em nota, o Ministério Público afirma que os advogados do ex-motorista de Flávio Bolsonaro apresentaram nesta tarde a testados que comprovam "grave enfermidade" de Fabrício Queiroz, que deverá ser submetido a "cirurgia urgente". "Os advogados informaram ainda que Queiroz estará à disposição para prestar depoimento tão logo tenha autorização médica", disse a promotoria.
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O MP afirma que outras diligências já anunciadas estão previstas para ocorrer, mas, no greal, o caso seguirá sob total sigilo. O nome do ex-motorista apareceu em relatório do Coaf , que integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Segundo as informações da investigação, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em uma conta bancária durante um ano, quando recebia salário de R$ 23 mil por mês. As transações foram consideradas atípicas e passaram a ser investigadas.
Segundo o relatório, o ex-assessor repassou R$ 24 mil a Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama. Jair Bolsonaro , presidente eleito, justificou que era a quitação de um empréstimo de R$ 40 mil feito por ele a Queiroz, que foi exonerado do gabinete de Flávio em outubro deste ano. Além de motorista, o investigado também tinha vínculo com a Polícia Militar.
* Com informações da Agência Brasil