O governo brasileiro divulgou nota, por meio do Ministério das Relações Exteriores, a respeito da prisão de Cesare Battisti. O italiano, de 64 anos de idade, foi preso neste fim de semana
na Bolívia e já está a caminho da Itália
, onde ele foi condenado à prisão perpétua devido a quatro assassinatos ocorridos na década de 1970 (crimes aos quais ele nega).
O Itamaraty destacou a contribuição do governo brasileiro, que revogou a autorização de asilo a Cesare Battisti
no mês passado, para o desfecho do caso e disse que, agora, o italiano vai "responder pelos graves crimes que cometeu".
"O governo brasileiro se congratula com as autoridades bolivianas e italianas e com a Interpol pelo desfecho da operação de prisão e retorno de Battisti à Itália. O importante é que Battisti responda pelos graves crimes que cometeu. O Brasil contribui assim para que se faça justiça", diz a nota.
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No texto, o governo também explica as tratativas realizadas ao longo do dia para que Battisti fosse trazido ao Brasil antes de seguir da Bolívia para a Itália. " O Brasil ofereceu facilitar o embarque pelo território nacional e devido à urgência foi encaminhada uma aeronave da Polícia Federal brasileira à Bolívia. No entanto, optou-se pelo envio direto do prisioneiro à Itália."
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) convocou reunião emergencial neste domingo com representantes do Itamaraty, do Ministério da Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para discutir como o governo deveria atuar diante da prisão de Battisti pelas autoridades bolivianas.
O ministro-chefe do GSI, general Heleno, chegou a confirmar que o italiano seria trazido ao Brasil, mas isso não ocorreu devido a tratativas paralelas tocadas entre autoridades da Bolívia e da Itália.
Bolsonaro afirmou, pelas redes sociais, que o roteiro de Battisti foi definido com participação do Brasil. "Em reunião hoje com os ministros da Justiça, Relações Exteriores e GSI, bem como em contato com as autoridades italianas, decidimos por ajudá-los a prontamente enviar para a Itália o terrorista Cesare Battisti , se necessário, com escala no Brasil, já que se encontra na Bolívia", escreveu Bolsonaro, que completou: "O Brasil não mais será refúgio de marginais ou bandidos travestidos de presos políticos".
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