O deputado federal eleito e um dos líderes do MBL, Kim Kataguiri (DEM), entrou nesta terça-feira (8) com mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que a votação para a presidência da Câmara dos Deputados seja por meio de voto aberto, e não secreto, como ocorre normalmente.
Kim Kataguiri foi eleito para o seu primeiro mandato e já anunciou que será candidato à presidência da Casa. Além do pedido para que a votação seja aberta, o MBL também passou a pressionar a candidadura do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), pelas redes sociais.
A estratégia de garantir o voto aberto tem como objetivo enfraquecer a possível reeleição de Maia, o postulante mais forte na disputa, expondo os parlamentares que votarem nele – num gesto que Kataguiri classifica como "velha política".
Para a presidência do Senado, o STF já decidiu que a votação será aberta e não secreta, por uma decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que pode ser estendida para a Câmara. A disputa tem como candidatos Renan Calheiros (MDB), ex-presidente do Senado, e Major Olímpio (PSL) como oposição.
Na semana passada, o líder do PSL, Luciano Bivar, anunciou que o partido apoiará a reeleição de Maia na Câmara . O apoio do partido do presidente Jair Bolsonaro é de grande importância, visto que a sigla possui a segunda maior bancada da Casa, com 52 deputados.
Em troca do apoio, Maia ofereceu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Comissão de Finanças e Tributação e a segunda vice-presidência da Câmara ao PSL. Ele também é apoiado pelo DEM, PSD, PRB, PROS e PPS.
Após o anúncio do PSL, o PT desistiu de apoiar a reeleição de Maia e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, defendeu que os partidos de esquerda formem um bloco e lancem uma candidatura de oposição. Do outro lado, o PSOL lançou a candidatura de Marcelo Freixo.
Kim Kataguiri foi eleito deputado federal por São Paulo com 465.310 votos. Ele também é um dos parlamentares mais jovens da Casa, com 22 anos.