Guarda Metropolitana usou armas de bala de borracha para conter manifestantes em frente à Câmara Municipal
Reprodução/Sindsep
Guarda Metropolitana usou armas de bala de borracha para conter manifestantes em frente à Câmara Municipal

Uma manifestação de servidores de São Paulo terminou em quebra-quebra em frente à Câmara Municipal da cidade, na tarde desta quarta-feira (26). O ato se deu em protesto à reforma da Previdência já aprovada em primeiro turno pelos vereadores paulistanos e cuja votação definitiva ocorreu na sessão de hoje. O projeto acabou sendo aprovado por 33 votos contra 17 .

Grades e vidraças da fachada da Câmara Municipal foram quebradas pelos servidores, que também atearam fogo a sacos de lixo e arremessaram pedras e garrafas contra os agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) que protegem o prédio. Os seguranças reagiram com tiros de bala de borracha e bombas. 

O ápice da confusão se deu por volta das 13h45, e os ânimos se acalmaram após cerca de 15 minutos de intenso confronto. No entanto, por volta das 15h, ainda havia clima de tensão na região central de São Paulo. Perto das 15h40, ocorreu a votação que aprovou em definitivo o projeto. O texto agora segue para a sanção do prefeito.

O protesto teve início às 10h desta manhã e foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo ( Sindsep ). O ato conta com apoio de outras entidades representativas e de militantes de partidos da oposição ao governo de Bruno Covas (PSDB).

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"Não tem arrego. Temos que ir para cima e resistir, sem trégua e sem facilitar a vida dos covardes vendidos", diz a nota de convocação, enviada pelo Sindsep no último domingo (23), "A oposição continuará suas estratégias de obstrução para empurrar a votação. E nossa tarefa é estar do lado de fora e nas galerias pressionando para ganharmos tempo e jogar esse projeto para depois do recesso", continua a nota. 

Pivô da confusão na Câmara, a  reforma da Previdência discutida pelos vereadores prevê aumento na alíquota de contribuição dos servidores, que passará de 11% para 14%. O texto propõe ainda subir a alíquota de contribuição patronal, de 22% para 28%, e cria uma Previdência Complementar para os novos funcionários que ganham acima do teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que hoje é de R$ 5.645,89.

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A reforma da Previdência começou a ser discutida em São Paulo no ano passado, ainda durante a gestão do então prefeito João Doria (PSDB), hoje eleito governador do estado. A votação da proposta foi adiada seguidas vezes, como em março, quando protesto contra o projeto terminou em confusão e agressões a professores dentro da própria Câmara Municipal .

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