O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), trocou mensagens em uma rede social, na manhã desta sexta-feira (14), com o vice primeiro-ministro da Itália e também ministro do Interior do país, Matteo Salvini, a respeito da possível extradição de Cesare Battisti
. De acordo com o futuro presidente da República, a Itália pode contar com ele na resolução do caso do ex-ativista italiano.
"Que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de ideais brasileiros! Conte conosco!", escreveu Jair Bolsonaro , sobre Cesare Battisti. Condenado à prisão perpétua por quatro homicídios no seu país, Battisti está no brasil há 14 anos e vive hoje no litoral de São Paulo.
A declaração de Bolsonaro é uma resposta a uma outra publicação também feita no Twitter, dessa vez pelo próprio ministro italiano. Assim que soube da decisão de Luiz Fux sobre o ex-ativista, Salvini publicou uma mensagem pedindo que Bolsonaro garantisse a extradição de Battisti .
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"Uma prisão perpétua cumprida curtindo a vida, nas praias do Brasil, diante das vítimas, me deixa irritado! Darei grande mérito ao presidente Jair Bolsonaro se ajudar a Itália a fazer justiça, 'presenteando' Battisti com um futuro na prisão da pátria", publicou Salvini, nesta manhã.
Antes dele, o ministro da Justiça da Itália, Alfonso Bonafede, também havia comentado a determinação nas redes sociais. "Foram escutados os nossos pedidos. O Ministério da Justiça está trabalhando há tempos para isso, mas ficaremos satisfeitos apenas quando Battisti for extraditado para a Itália", disse Bonafede, também pelo Twitter.
Na noite desta quinta-feira (13), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender Cesare Battisti . A determinação é para que o ex-ativista italiano fique na cadeia até que o presidente da República – o atual, Michel Temer, ou o futuro, quando tomar posse – decida pela extradição ao seu país.
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Ainda durante a sua campanha presidencial, Jair Bolsonaro já havia declarado que, assim que assumisse a presidência, iria extraditá-lo. "Reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições", escreveu ele na época. "Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito”, declarou.