A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (13), um mandado de busca e apreensão no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, para investigar o autor de postagens nas redes sociais com ameaças de morte ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante a campanha presidencial.
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O mandado foi expedido pela 7ª vara da Polícia Federal Criminal do Rio de Janeiro e investiga o cometimento do delito do art. 23, I, da Lei 7.170/83. O caso é considerado como "subversão da ordem política" por ameaça de morte a Jair Bolsonaro . O suspeito é um homem de 23 anos cujo nome ainda está sob sigilo de justiça.
Segundo a PF, o investigado também teria insultado o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. Na casa do suspeito foram apreendidos um notebook, um celular e uma CPU de computador. O conteúdo das postagens que ameaçam Bolsonaro não foi divulgado.
A diligência da Polícia Federal tem como objetivo também identificar outras pessoas que “eventualmente estejam envolvidas na prática delituosa, bem como materializar outras condutas criminosas do investigado”. A pena do crime citado prevista na Lei de Segurança Nacional é de reclusão de 1 a 4 anos.
Não é a primeira vez que a PF investiga casos de ameaça ao presidente eleito. Em novembro, a PF investigou um vídeo em que um homem aparece armado com duas pistolas, falando em atirar no presidente eleito. "Bolsonaro, tu vai entrar na bala. A gente tá boladão. Vai entrar na bala, Bolsonaro", diz o homem que aparece nos vídeos.
Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito, compartilhou o vídeo nas redes sociais e demonstrou preocupação com a segurança do pai. No outro vídeo que é analisado pelo serviço de inteligência da PF, um homem exibe um fuzil em direção a uma rua escura e, sem mostrar o rosto, faz ameaças.
No início de dezembro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou que o presidente eleito sofreu novas ameaças. Ele afirmou que a segurança de toda a família Bolsonaro será reforçada durante a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro, e durante o mandato.
Também vale lembrar que Bolsonaro sofreu um atentado a faca durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora. “Temos um presidente que sofreu um atentado e vem sofrendo agressões constantes, basta ver nas mídias sociais, a quem tem que ser dada a garantia, não a ele, mas também ao vice-presidente, das melhores condições de governo", afirmou o ministro.
"Certamente a segurança do presidente eleito [ Jair Bolsonaro ], da nova administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos.” encerrou.