A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público cumprem, na manhã desta terça-feira (11), mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e da irmã dele, Andréa Neves, no Rio e em Minas Gerais. Também são feitas buscas em endereços ligados ao deputado federal Paulinho da Força (SD-SP).
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Os envolvidos são investigados pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além de Aécio Neves e o deputado do Solidariedade, também são apuradas acusações contra os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) e os deputados federais Benito da Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, assim como 48 intimações para oitivas. A ação ocorre no Distrito Federal, em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e na Bahia, além de Mato Grosso do Sul, do Tocantins e Amapá.
Apelidada de Operação Ross , a ação conta com 200 homens, que investigam o recebimento de vantagens indevidas por parte dos parlamentares no período de 2014 a 2017. Essa operação é um desdobramento da Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017.
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De acordo com a PF, os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam R$ 100 milhões.
Todos os mandados de busca e apreensão deflagrados nesta terça-feira pela PF foram autorizados a partir do inquérito 4.519, relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação de hoje se baseia em informações cedidas pelo empresário Joesley Batista e pelo executivo Ricardo Saud, em delação premiada, que teriam relatado a promotores a emissão de notas fiscais frias. Há denúncias também, que estão sob investigação, sobre a suposta compra de apoio político do Solidariedade, e que empresários teriam ajudado com doações de campanha e caixa dois , por meio de notas frias.
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O nome da Operação Ross, que tem como principais alvos Aécio Neves e Paulinho da Força, é uma referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida. A ideia da PF é fazer uma alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas nesta terça-feira.
* Com informações da Agência Brasil.