Aécio Neves é investigado por receber dinheiro da Odebrecht em sua campanha em 2014
Arquivo/Agência Brasil
Aécio Neves é investigado por receber dinheiro da Odebrecht em sua campanha em 2014


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a prorrogação do inquérito aberto contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por mais 60 dias. O pedido foi feito na última segunda-feira (12), mas só veio ao conhecimento público nesta sexta-feira (16).

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O inquérito apura o suposto recebimento de valores indevidos da empreiteira Odebrecht pelo parlamentar em 2014. De acordo com o Ministério Público Federal, os repasses teriam ocorrido de forma dissimulada e por meio de uma empresa de publicidade conhecida como PVR Propaganda e Marketing, que pertence a Paulo Vasconcelos, responsável pela campanha de Aécio Neves em 2014.

Para justificar o pedido da segunda-feira (12), a PGR alegou que há diligências pendentes e necessárias para a investigação.

O inquérito foi deferido pelo ministro Edson Fachin em abril de 2017 após três ex-executivos da Odebrecht dizerem, por meio de delações premiadas, que a campanha do político recebeu dinheiro da empreiteira durante o ano de 2014. Na época, o tucano tentava se eleger presidente da República, mas foi derrotado por Dilma Rousseff no segundo turno.

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O nome de Aécio Neves aparece nas delações de dois executivos cruciais para o “esquema de corrupção” da Odebrecht : Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, e Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira.

O tucano foi eleito deputado federal nas eleições de 2018 e, portanto, vai continuar com foro privilegiado.

Por conta de outras acusações - recebimento de propina da JBS - o STF decidiu suspender o mandato de Aécio Neves em setembro de 2017. Em votação no Senado, porém, o tucano conseguiu 44 votos dos senadores, que devolveram a função para o político e, essa forma, o mantiveram sobre foro privilegiado.

No inquérito, a defesa de Aécio Neves sustenta que o caso deve ser remetido para Justiça Eleitoral. Para os advogados, o caso trata de doações eleitorais, "não tendo correlação direta com supostas contrapartidas" por parte do senador.

Relator do caso no STF, o  ministro Gilmar Mendes não tem um prazo para a decisão de aceitar ou não o pedido de Raquel Dodge contra Aécio Neves .

*Com Agência Brasil

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