Para líder do PSDB, está se desenhando nova configuração no Congresso com  base parlamentar em torno de propostas
Valter Campanato/Agência Brasil
Para líder do PSDB, está se desenhando nova configuração no Congresso com base parlamentar em torno de propostas

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse, no encontro com a bancada do PSDB nesta quarta-feira (5), que “foi muito gostoso” ter ganhado do PT. Segundo deputados ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo , a comemoração de Bolsonaro se deu após o líder da bancada do PSDB, Nilson Leitão (MS), dizer que os tucanos fracassaram quatro vezes na tentativa de derrotar o PT.

Depois do  encontro dos parlamentares do PSDB com o presidente eleito, Leitão disse que a bancada tucana vai apoiar as propostas do governo Jair Bolsonaro que coincidirem com a pauta do partido. “O governo Bolsonaro vai ter apoio para tudo aquilo que for agenda tucana”, afirmou.

Segundo o deputado, as reformas unem os tucanos e Bolsonaro. “Reforma tributária, reforma da Previdência, pacto federativo, redução da máquina pública são temas que foram debatidos, e é isso que ele deseja”, afirmou.

Conforme relato do líder, o presidente eleito pediu ajuda dos peessedebistas para governar. “Ele quer ajuda da bancada tucana naquilo que nos conforta em colaborar. Ele deixou claro que o PSDB entra e sai desta reunião com a consciência de que precisa ajudar o Brasil e que não precisa estar dentro do governo para isso”, disse. 

O tucano citou ainda projetos em tramitação no Congresso em relação ao licenciamento ambiental e a reformulação da secretaria nacional do índio, que estão em sintonia com pronunciamentos de Bolsonaro . “Obviamente terá o apoio no Congresso Nacional, não em questões de cargos ou ministérios”, afirmou.

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Para o líder, está se desenhando uma nova configuração no Congresso em que a base parlamentar do governo se formará em torno de propostas. “Muitos blocos vão se formar, mas a maior adesão se dará nas reformas. Base aliada para a Previdência, base aliada para tributação e outros temas”, disse.

O tucano defende que o presidente eleito use o seu capital político para aprovar as reformas. “Essa é a vontade da bancada tucana”, afirmou. 

Para o deputado, o futuro governo poderá aproveitar temas da reforma da Previdência que já foram debatidos na Câmara para colocar em votação, entre eles, a idade mínima para aposentadoria. “Aquilo que não está pronto vem em uma segunda etapa, mas não pode desperdiçar tudo aquilo que foi aprofundado”, argumentou.

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Segundo o líder do PSDB na Câmara, outro tema que pode ser adotado é a separação dos benefícios assistenciais dos previdenciários, inclusive a aposentadoria rural. “É preciso rever o modelo disso tudo”, afirmou. “O que não pode é continuar com rombo [na Previdência]”, completou o tucano, defendendo una fiscalização dos benefícios assistenciais. 

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