Michel Temer defendeu que o novo governo adote o multilateralismo em sua política externa. Em entrevista à TV Brasil, o emedebista falou sobre o período da presidência e defendeu sua política tanto dentro do País, como na relação com o exterior. Ele aproveitou para falar que espera que Jair Bolsonaro aprove as reformas necessárias para o futuro dos brasileiros.
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“O Congresso tem consciência da necessidade do país. Não vai atrapalhar; vai aprovar o que for importante”, disse Michel Temer .
Ele destacou que Bolsonaro já está conversando com as bancadas partidárias. Para Temer, mesmo os novos eleitos, que nunca foram políticos, “logo se aclimatarão e votarão positivamente ao que interessar ao povo brasileiro.”
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Temer afirmou ainda que o multilateralismo é uma das exigências da globalização. Para ele, o isolacionismo pode até funcionar para países como os Estados Unidos, que detêm força política e econômica. “Não somos os Estados Unidos; e não temos o mesmo poder”, observou.
Michel Temer diz que deixa um bom legado para Bolsonaro
O atual presidente mostra otimismo com o próximo governo e, segundo ele, Bolsonaro vai governar um País que está entrando no eixo, sobretudo com as melhoras econômicas e apoio das bancadas.
Temer aponta como legado de seu governo a queda da inflação e dos juros, a valorização das estatais, além da reforma trabalhista. Na área de meio ambiente, destacou a criação de reserva marinha e da ampliação dos parques nacionais.
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Jair Bolsonaro se reuniu com Temer no início do mês de novembro para dar início à transição. Na época, o presidente eleito afirmou que vai lutar para que uma reforma da Previdência seja aprovada, mas com diferenças em relação à proposta pelo seu antecessor.
O emedebista prometeu deixar as portas abertas para o presidente eleito e deixou também os ministros disponíveis para dar as informações que forem solicitadas.
Vice de Dilma Rousseff, Michel Temer assumiu a presidência após o impeachment da petista, em 2016. Desde então, o político enfrentou denúncias de corrupção, conseguiu aprovar as reformas trabalhistas e do Ensino Médio, além de instituir um teto de gastos para serviços públicos.