Futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou na tarde desta segunda-feira (3) que a nova estrutura do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro terá 22 ministérios. Deste número, 16 ficarão na Esplanada, quatro no Palácio do Planalto e outros dois serão transitórios: a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco Central (BC) devem perder status nos próximos meses.
Inicialmente, a ideia da equipe de Bolsonaro era reduzir dos atuais 29 para 15 ministérios. No entanto, o número foi aumentando durante a transição. Segundo Onyx Lorenzoni , a decisão foi de Bolsonaro, que preferiu manter ministérios que tiveram a permanência questionada, como Turismo, Meio Ambiente e Direitos Humanos, as duas últimas pastas ainda sem nomes definidos para comandá-los.
Durante a entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde a equipe de transição se reúne, Onyx confirmou que o Ministério do Trabalho será desmembrado, e que as áreas de atuação serão divididas para três pastas: Justiça, Economia e Cidadania. A parte de concessão de registros sindicais, que tem gerado ao longo dos anos diversas denúncias de corrupção, ficará nas mãos da pasta da Justiça.
Os nomes confirmados para compor a futura equipe ministerial de Bolsonaro, por enquanto, são:
- Onyx Lorenzoni, para o Ministério da Casa Civil;
- Paulo Guedes, para o Ministério da Economia;
- Augusto Heleno, para o Gabinete de Segurança Institucional;
- Marcos Pontes, para o Ministério da Ciência e Tecnologia;
- Sérgio Moro, para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública;
- Tereza Cristina, para o Ministério da Agricultura;
- Fernando Azevedo e Silva, para o Ministério da Defesa;
- Ernesto Araújo, para o Ministério das Relações Exteriores;
- Roberto Campos Neto, para o Banco Central;
- Wagner Rosário, para a Controladoria-Geral da União;
- Luiz Henrique Mandetta, para o Ministério da Saúde;
- Gustavo Bebianno, para a Secretaria-Geral da Presidência da República;
- Ricardo Vélez Rodríguez, para o Ministério da Educação;
- Carlos Alberto Santos Cruz, para a Secretaria de Governo;
- Tarcísio Gomes de Freitas, para o Ministério da Infraestrutura;
- Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, para o Ministério do Desenvolvimento Regional;
- Osmar Terra, para o Ministério da Cidadania;
- Marcelo Álvaro Antônio, para o Ministério do Turismo; e
- Bento Costa Lima Leite, para o Ministério de Minas e Energia
De acordo com Onyx, a Casa Civil responderá pela coordenação dos programas do governo, com a subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) e articulação com o Congresso Nacional. O futuro ministro da Jair Bolsonaro
explicou que "um time" de ex-deputados e ex-senadores cuidará dos relacionamentos com a Câmara e o Senado.
A Secretaria de Governo cuidará da relação com estados e municípios e do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), o programa de concessões e privatizações do governo federal. Já a Secretaria-Geral da Presidência será responsável pela Secretaria de Comunicação da Presidência, cuidará de assuntos sobre modernização do Estado e manterá, entre outras atribuições, os contratos de publicidade do governo federal.
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Onyx Lorenzoni
explicou ainda que a comunicação do governo será dividida. Uma "assessoria especial" será criada para cuidar especificamente da comunicação de Bolsonaro.