O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que parte do que foi apontado pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como indícios de irregularidades na prestação de contas da sua campanha presidencial, trata-se de falhas do próprio tribunal. Ainda de acordo com o presidente eleito, as inconsistências listadas pelo TSE "já foram todas rebatidas".
"Já foram todas rebatidas. Tem algumas que foram falhas do próprio TSE e já foram apresentadas as razões de defesa para isso aí. Eu tenho certeza de que não vai ter nenhum problema, não. É a campanha mais pobre da história do Brasil", afirmou Bolsonaro , neste domingo (18).
A declaração do candidato vitorioso nas eleições 2018 vem logo depois da divulgação da prestação de contas do seu oponente no segundo turno das eleições, o candidato presidenciável do PT, Fernando Haddad.
Enquanto o presidente eleito declarou ter arrecadado R$ 4,3 milhões e gastado R$ 2,8 milhões — restando um total de R$ 1,5 milhão, que devem ser doados à Santa Casa de Juiz de Fora, pelo PLS –, Haddad declarou ter arrecadado R$ 35,4 milhões e gastado R$ 39,2 milhões – resultando em uma dívida de R$ 3,8 milhões.
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No início da semana, a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do TSE analisou e afirmou que encontrou uma série de "inconsistências" nas contas da campanha do candidato do PSL.
A análise dos técnicos do TSE das contas de campanha do presidente eleito foram enviadas ao ministro Luís Roberto Barroso, que é integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) e também do TSE, relator do caso. Cabe a ele, portanto, submeter o caso a julgamento do plenário após o parecer da área técnica.
Tal área apontou 17 sinais de irregularidade na documentação entregue pela equipe do presidente eleito. Além disso, indicou outras seis inconsistências.
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Os indícios de irregularidade são suspeitas de descumprimento da legislação eleitoral por parte da equipe de Bolsonaro . Por sua vez, as inconsistências englobam problemas de menor potencial de gravidade, não necessariamente ilegalidades.