A Deputada Estadual “Tia Jú”, do PRB, lançará na próxima semana uma chapa encabeçada por seu nome para a Presidência da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Essa decisão vem na esteira dos vários acontecimentos que têm se desdobrado no Parlamento Fluminense ultimamente, mas não só por isso.
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Segundo a Deputada “Estamos vivendo tempos de mudança. A População disse isso nas urnas. Não que o velho deva ser substituído, mas é necessário arejarmos as idéias e os pensamentos Políticos. Com a minha candidatura, à frente de uma Chapa forte e com políticos com experiência em várias áreas do conhecimento, creio que poderemos legislar de forma mais descomprometida e mais próxima das Cidadãs e dos cidadãos. Sem contar com o fato de que a Alerj nunca teve uma Mulher à frente do Processo Legislativo e, como eu disse, é Tempo de Mudança", disse Tia Jú, a candidata a Presidente da Alerj.
A candidata foi além e lembrou de vitórias representativas também nos Estados Unidos. "Nas eleições Legislativas, nos EUA da semana passada, duas indígenas foram eleitas pela primeira vez, isso é significativo. Estou convicta de que com a chapa que temos serei a primeira mulher negra a presidir a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Não que busquemos estrelismos ou projeções ego-centradas, mas por que o mundo está mudando e tais mudanças devem se fazer presentes também nos espaços de poder", afirmou a deputada estadual Tia Jú.
Empenhada em fechar uma Chapa Completa, a Deputada diz já ter a coluna vertebral da Mesa Diretora delineada. “Estamos articulando com bastante calma e com muita paciência, sem afobação, com parcimônia. Já temos conversado com um possível Primeiro Secretário e com uma Deputada que será uma excelente Vice-presidente. No total são 13 cargos na Mesa e não dá para pretender ganhar sem que se tenha esses espaços fechados e apalavrados", conta.
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Tia Jú lembrou das Comissões Permanentes que sempre são objeto de desejo político de alguns parlamentares, por conta da vocação ideológica de seus partidos ou mesmo em função de seu ativismo político. Como no caso da deputada com a Comissão da Criança, Adolescente e Idoso.
"As comissões farão parte das negociações para a composição da nossa chapa e chegarmos à vitória. Quem vota na eleição da Alerj, são os Deputados, mas não é possível se fazer uma movimentação como essa sem ouvir os Partidos e suas direções estaduais. É uma tradição no nosso Parlamento a de que a maior bancada indique o nome que ocupará a Presidência e de que a segunda maior indique o nome de quem ocupará a Primeira Secretaria", diz a deputada.
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"Quem sabe se não é hora de reconsiderarmos essa prática, já que ela não está explicitada em nosso Regimento Interno, mas, tão somente, faz parte de uma tradição? É obvio que deve-se considerar a correlação de força política na composição das forças no Parlamento, isso é da prática político-legislativa, mas essa correlação de força não deve desprezar outros aspectos relevantes", finalizou a candidata à presidência da Alerj bastante empolgada.