O Senado aprovou, nessa quarta-feira (7), o aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) , por 41 votos favoráveis, 16 contrários e uma abstenção. O aumento aprovado foi de 16,38% e o salário dos integrantes do Supremo passou de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A proposta já havia passado pela Câmara dos Deputados e agora necessita da aprovação do presidente Michel Temer (MDB).
O partido do presidente Temer votou majoritariamente a favor do aumento do salário do STF
. Foram oito votos sim, dois contra e uma abstenção. O senador Renan Calheiros, cotado à presidência do Senado, admitiu que o momento não é o mais propício, mas anunciou o voto favorável para “não trincar a relação entre os poderes”.
Romero Jucá, do mesmo partido, ressaltou que o Judiciário é independente para propor seus próprios aumentos e que o reajuste não vai aumentar a despesa do Judiciário, pois esta é limitada pelo teto de gastos. "Vou votar a favor porque respeito a autonomia do Judiciário e existe o teto de gastos", disse o senador.
Entre os senadores de partidos que declararam oposição ao futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL), como PT, PCdoB, PDT e Rede, o resultado ficou dividido. Foram sete votos contra o reajuste de salário e cinco a favor. No PT, três senadores foram contrários e dois apoiaram o projeto.
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O DEM, que tem se aproximado de Bolsonaro, teve três votos contra e dois a favor. Já os senadores do PRB, PR, Podemos e PSD votaram todos a favor do aumento. Veja abaixo como cada senador votou:
A FAVOR DO AUMENTO DO SALÁRIO DOS MINISTROS DO STF
- Acir Gurgacz (PDT-RO)
- Aécio Neves (PSDB-MG)
- Ângela Portela (PDT-RR)
- Antonio Anastasia (PSDB-MG)
- Antônio Valadares (PSB-SE)
- Armando Monteiro (PTB-PE)
- Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Cidinho Santos (PR-MT)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Dalirio Beber (PSDB-SC)
- Davi Alcolumbre (DEM-AP)
- Edison Lobão (MDB-MA)
- Eduardo Amorim (PSDB-SE)
- Eduardo Braga (MDB-AM)
- Eduardo Lopes (PRB-RJ)
- Fernando Coelho (MDB-PE)
- Garibaldi Alves Filho (MDB-RN)
- Hélio José (PROS-DF)
- Ivo Cassol (PP-RO)
- Jorge Viana (PT-AC)
- José Agripino (DEM-RN)
- José Amauri (PODE-PI)
- José Medeiros (PODE-MT)
- José Serra (PSDB-SP)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Paulo Bauer (PSDB-SC)
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Raimundo Lira (PSD-PB)
- Renan Calheiros (MDB-AL)
- Roberto Rocha (PSDB-MA)
- Romero Jucá (MDB-RR)
- Rose de Freitas (PODE-ES)
- Sérgio Petecão (PSD-AC)
- Tasso Jereissati (PSDB-CE)
- Telmário Mota (PTB-RR)
- Valdir Raupp (MDB-RO)
- Vicentinho Alves (PR-TO)
- Walter Pinheiro (Sem partido-BA)
- Wellington Fagundes (PR-MT)
- Zeze Perrella (MDB-MG)
CONTRA O AUMENTO DO SALÁRIO DOS MINISTROS DO STF
- Airton Sandoval (MDB-SP)
- Cristóvam Buarque (PPS-DF)
- Fátima Bezerra (PT-RN)
- Givago Tenório (PP-AL)
- José Pimentel (PT-CE)
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Lúcia Vânia (PSB-GO)
- Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- Regina Sousa (PT-PI)
- Reguffe (Sem partido-DF)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
- Roberto Requião (MDB-PR)
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
- Vanessa Graziottin (PCdoB-AM)
- Wilder Morais (DEM-GO)
ABSTENÇÃO
José Maranhão (MDB-PB)
O aumento do salário dos ministros do STF também determina o teto salarial do funcionalismo público, que passa de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês. Também foi aprovado, por votação simbólica, o reajuste na remuneração dos membros da Procuradoria-Geral da República.
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* Com informações da Agência Senado